Ceratocone: Quebra de paradigmas e contradições de uma nova subespecialidade

Existe uma quantidade elevada e possivelmente crescente de pacientes com ceratocone em nosso meio. 

Tanto a incidência (novos casos), como a prevalência (total de casos) da doença aumentaram maior sensibilidade diagnóstica decorrente dos avanços em exames de imagem em córnea.
Mas também pode ter relação com outros fatores ambientais e ou genéticos.
A prevalência da doença é classicamente aceita em ser um caso para cada 2000 pessoas, mas pode variar significativamente de acordo com o critério de diagnóstico. Por exemplo, um estudo feito na Índia mostrou uma redução de 2,3% para 0,6% ao se mudar simplesmente o critério ceratométrico de 48D para 49D.

Entretanto, com critérios bem estabelecidos como os obtidos por meio da tomografia com Scheimpflug rotacional (Pentacam HR), em Riyadh, Arábia Saudita, encontraram uma prevalência de 4,79% de ceratocone. 

Enquanto não há dados em nosso país sobre a incidência ou prevalência de ceratocone, a campanha através de seu idealizador o Dr. Renato Ambrósio Júnior junto ao setor de Oftalmologia do hospital HUGG, irá realizar um estudo prospectivo. Esse protocolo visa responder importantes questões sobre a epidemiologia da doença no Brasil. Tal conhecimento poderá determinar estratégias para programas de saúde pública com o objetivo de reduzir a baixa visual e consequentemente o impacto causados pelo ceratocone em nosso meio.